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Manual de boas práticas para profissionais que trabalham com intervenções baseadas em mindfulness


Com o intuito de promover boas práticas de Mindfulness, principalmente em sua utilização como intervenção clínica terapêutica e preventiva, criou-se este manual de “boas práticas” para os profissionais da área da saúde, baseado nos parâmetros internacionais de excelência e nas evidências científicas mais atuais.


Um instrutor/tutor de grupos de mindfulness voltados à saúde deveria ter:


• Um treinamento em mindfulness voltado para profissionais de saúde, a fim de que:
1. Tenha familiaridade com os currículos dos cursos de mindfulness voltados à      saúde;
2. Exponha-se de forma profunda às práticas meditativas que constituem a base  do referido programa;
3. Conclua um treinamento profissional aprofundado em mindfulness, e/ou se  submeta à supervisão contínua de um treinador habilitado, por pelo menos um  ano.


• Uma formação consistente que permita um conhecimento aprofundado do tema, além do treinamento profissional descrito acima, ou seja:


1. Ter uma qualificação profissional na área da saúde, educação ou serviço social, ou experiência de vida equivalente, que seja reconhecida pela organização ou contexto no qual a prática de mindfulness será desenvolvida;
2. Ter conhecimento e experiência terapêutica ou de treinamento com as populações para as quais as práticas de mindfulness serão oferecidas, a não ser nos casos em que o treinamento profissional em mindfulness supracitado inclua também este tipo de conhecimento;
3. Se utilizar programas de mindfulness com características clínicas específicas, tais com o Mindfulness-Based Cognitive Therapy (MBCT), que se utiliza de conceitos psicológicos mais aprofundados, é necessário ter o conhecimento dos processos clínicos ou psicológicos subjacentes, prática clínica baseada nas melhores evidências cientificas.

 

Recomendações para uma boa prática de mindfulness:


1. Comprometimento com a prática pessoal de Mindfulness, (1) através da prática diária tanto de maneira informal, quanto formal; e da (2) participação anual em retiros de desenvolvimento profissional contínuo (DPC), conduzidos por treinadores de mindfulness devidamente habilitados.
2. Engajamento em outros processos de DPC que contribuam para o aprimoramento de sua prática clínica e como um facilitador de grupos de Mindfulness:


o Fazendo contato com outros profissionais ou treinadores de Mindfulness, a fim de trocar experiências e aprender de forma colaborativa e;


o Supervisão regular com um treinador de Mindfulness experiente e habilitado, que inclua a possibilidade de discutir ou tirar dúvidas, tanto com relação à sua própria prática pessoal quanto à sua prática profissional. Além de receber feedback periódico por meio, por exemplo, de gravações em vídeo, da participação de um supervisor nas sessões conduzidas pelo instrutor, ou pela co-facilitação, com feedback recíproco.


o Ter o compromisso de se desenvolver continuamente como um facilitador de Mindfulness por meio de treinamentos avançados, da gravação e reflexão sobre suas próprias sessões, da participação em fóruns e eventos de atualização das práticas de mindfulness baseadas em evidências.


o Adesão aos princípios éticos que regem a sua profissão e seu contexto de trabalho.





Manual adaptado das Diretrizes da Rede Britânica de Professores de Mindfulness (UK Network for Mindfulness-Based Teacher Trainers).

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